‘Licença por infelicidade’: empresário chinês cria folga para trabalhadores que estão tristes

Enquanto algumas empresas apostam no “short friday”, “workation”, e a semana de 4 dias, uma política interna tem chamado a atenção na China: é a “licença por infelicidade”.

🤔 E COMO FUNCIONA? Basicamente os trabalhadores podem tirar um dia de folga quando estiverem estressados, tristes, ou se sentindo desanimados. E nem precisam da aprovação da liderança.

Criada por Yu Donglai, fundador e presidente da rede de varejo Pang Dong Lai, a licença tem um limite de 10 dias por ano. A ideia é ajudar os funcionários a alcançar um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

“Quero que todos os funcionários tenham liberdade. Todo mundo tem momentos em que não está feliz, então, se você não estiver feliz, não venha trabalhar”, disse Yu quando anunciou a novidade na China Supermarket Week 2024, em março.

O magnata do varejo afirmou que os funcionários podem determinar livremente o próprio tempo de descanso. “Esta licença não pode ser negada pela gerência. A negação é uma violação”, afirmou Yu, que conta com mais de 7 mil funcionários.

Segundo ele, o objetivo é que a empresa tivesse um “ambiente de trabalho semelhante ao europeu”. As empresas chinesas, em geral, são conhecidas pelo contrário, por longas jornadas de trabalho.

De acordo com o site de notícias South China Morning Post (SCMP), na empresa de Yu os funcionários trabalham apenas sete horas por dia, folgam aos fins de semana, além de terem direito a algo entre 30 e 40 dias de férias anuais, e cinco dias de folga durante o Ano Novo Chinês.

A rede de varejo Pang Dong Lai também criou um “Prêmio de Reclamação”, que presenteia os trabalhadores com 5 mil a 8 mil yuans (o que equivale de R$ 3,8 mil a R$ 6,2 mil) como forma de compensar os funcionários que lidam com reclamações ou são maltratados pelos clientes.

Segundo Yu, a generosidade tem valido a pena: menos de 5% dos funcionários deixam a empresa a cada ano. O executivo, que é um dos defensores de qualidade de vida no país asiático, já chegou a receber o apelido de “chefe mais idiota da China”.

“Não queremos ser grandes. Queremos que nossos funcionários tenham uma vida saudável e relaxada, para que a empresa também tenha”, explica.

Fonte: G1

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